“Sede como os dedos de uma só mão, os membros do mesmo corpo. Assim vos aconselha a Pena da Revelação…” –Bahá’u’lláh

Uma Família Humana  

Unindo a humanidade

A convicção de que nós pertencemos a uma única família humana está no âmago da Fé Bahá’í. O princípio da Unidade do Gênero Humano é “o eixo em torno do qual giram todos os ensinamentos de Bahá’ú’lláh”.1

Bahá’u’lláh comparou o mundo da humanidade ao corpo humano. No interior deste organismo, milhões de células, diversas em forma e função, desempenham seu papel em manter o sistema saudável. O principio que norteia o funcionamento do corpo é a cooperação. Suas diversas partes não disputam por recursos; em vez disso, cada célula, desde sua concepção, é ligada a um processo contínuo de dar e receber.

Cada indivíduo é um membro do corpo da humanidade. Cada um é essencialmente nobre, possuindo uma alma ímpar. Todos têm um propósito em comum — levar adiante uma civilização em permanente avanço material e espiritual. Todos são os cidadãos e representantes de um único planeta, chamados para tirar proveito dos benefícios de tal civilização. Se um membro do corpo estiver em angústia ou aflição, todos os outros membros devem necessariamente sofrer. Esta crescente consciência da nossa herança comum e de um futuro interdependente está redefinindo nossa compreensão de nós mesmos e desafia os caminhos da contemporaneidade. Ela rejeita as práticas antagônicas da política partidária, o espírito competitivo que domina as atividades econômicas e as outras incontáveis situações nas quais o conflito é aceito como a força condutora da interação humana.

O surgimento, em diversos contextos, de comunidades direcionadas por valores de cooperação e solidariedade, serve para desafiar as noções de que a natureza humana é essencialmente egoísta, competitiva, e motivada por recompensas materiais. Em vez disso, temos a capacidade de demonstrar “grande e generoso amor pela humanidade2 e operar como “os dedos de uma só mão, os membros do mesmo corpo.”3

A unicidade da humanidade, entretanto, não implica uniformidade. Ao invés disso, as escrituras Bahá’ís consagram o princípio da unidade na diversidade. Mais do que mera tolerância das diferenças ou enaltecimento de aspectos superficiais das diversas culturas, a diversidade da família humana deve ser causa de permanente amor e harmonia, “como na música, em que muitas notas diferentes se harmonizam na composição de um perfeito acordo.”4

A família humana — em toda sua variedade — pode ser comparada às diversas flores de um jardim. Ainda que essas flores possam se diferenciar em cor e forma, todas são “regadas pelas chuvas de uma só primavera, revivificadas pelos sopros de uma mesma brisa, revigoradas com os raios de um mesmo sol...5 A humanidade pode superar as diferenças que a divide, disse ‘Abdu’l-Bahá, “assistidos pelo centro coletivo divino que é a lei de Deus e a realidade de Seus Manifestantes....6

“Deste mesmo Deus, toda a criação originou-se, e Ele é a única meta para onde se dirigem às aspirações de toda a natureza.”7

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