“O caminho da vida é aquele que conduz ao conhecimento e à presença divina.” –‘Abdu’l‑Bahá

A Alma Humana 

Graus de Espírito

Os Escritos Bahá’ís usam a palavra espírito para se referir a certos poderes e potencialidades que permeiam os vários reinos da existência.

O poder de crescimento, ou o “espírito vegetal” aparece no reino vegetal e continua a se manifestar nos níveis mais elevados da existência. Mas, por mais perfeito que seja o crescimento de uma árvore, ele jamais poderá conhecer os poderes dos sentidos que se manifestam no reino animal.

O animal enxerga, ouve, cheira, saboreia, sente. Porém, o animal, observou ‘Abdu’l-Bahá, é “cativo do mundo da natureza e não tem contato com aquilo que se encontra dentro e além da natureza; não possui suscetibilidades espirituais, é privado das atrações da consciência, é inconsciente do mundo de Deus e é incapaz de se desviar da lei da natureza”.1

Inerente ao “espírito humano” é a capacidade de alcançar o conhecimento do visível e do invisível. “Das realidades conhecidas, isto é, das coisas sabidas e visíveis, ele descobre coisas desconhecidas”,2 disse ‘Abdu’l-Bahá. O avanço da humanidade em conhecimento espiritual e material – abrangendo áreas como o progresso científico, o desenvolvimento de sistemas justos de governo, inovação tecnológica e o florescimento de empreendimentos artísticos graciosos, para citar apenas alguns – pode ser visto como a expressão do poder do espírito humano.

A fim de se familiarizar com as realidades espirituais, os seres humanos devem ser auxiliados pelo espírito da fé. ‘Abdu’l-Bahá explica que “o espírito da Fé” é “do Reino” e que “Os segredos divinos... e as realidades celestiais escapam ao espírito humano, a menos que este seja reforçado pelo espírito da fé. É semelhante a um espelho, que, embora claro, polido e brilhante, ainda precisa de luz. Enquanto não receber um raio de sol, não descobrirá os segredos celestiais”.3 Em outra passagem, Ele descreveu o espírito da fé como “o poder que faz do homem terreno um ser celestial, e do homem imperfeito um perfeito”.4

O ilimitado poder divino que ilumina toda a existência é o Espírito Santo, a entidade intermediária entre Deus e Sua criação. Os Manifestantes de Deus, eram sozinhos e solitários, e enfrentaram grande oposição, sem poderes terrenos e, ainda assim, através do poder do Espírito Santo, tornaram-se os Grandes Educadores da humanidade. ‘Abdu’l-Bahá explica que sempre que os Manifestantes de Deus aparecem através do poder do espírito Santo, “o mundo é renovado, um novo ciclo se inicia. O corpo da humanidade põe novas vestimentas. É comparável à primavera, cuja vinda faz o mundo passar de uma a outra condição. Ao vir a época primaveril, a terra negra, os campos e regiões desoladas tornam-se verdejantes e floridas, todas as espécies de flores e ervas olorosas crescem; ressuscitam-se as árvores, aparecem frutos novos; um novo ciclo começa”.5

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